terça-feira, 8 de dezembro de 2009

PERDOA-NOS...

Ultimamente estou com uma indignação muito grande dentro de mim. Temos visto por aí escândalos envolvendo novamente 'evangélicos'. Pessoas que oram agradecendo à Deus pelas coisas roubadas.
É tanto engano. Quando são pegas, essas pessoas tem a capacidade de dizer que é perseguição do diabo, que não fizeram nada de errado.
Talvez eu esteja sendo repetitiva em escrever sobre isso, pois sei que em alguns textos anteriores já citei minha indignação com o que está se fazendo 'em nome de Deus'. Mas... que evangelho é este que está sendo pregado? Que evangelho é este que tira o sustento de muitas pessoas, para enriquecer alguns? Que evangelho é este, que promete curas, milagres, prosperidade, em troca de uma grande quantia de dinheiro? Que evangelho é este, onde apenas uns poucos possuem 'a unção', e que sabem exatamente a hora em que o Espírito Santo vai agir?
Muitas pessoas estão buscando apenas o Deus Salvador, mas não querem que Ele seja Senhor de suas vidas. Buscam apenas o Deus que dá carro, casa, e se esquecem de Jesus, que disse que deveríamos tomar a nossa cruz a cada dia e segui-lo.
Há muitos pregadores que estão dando mais ênfase no diabo do que em Deus. Gastam horas expulsando demônios, encostos. Dão mais 'ibope' para o diabo do que pra Deus.
Esse não é o evangelho verdadeiro. Chega de falsidade!
Conforme diz a música, só nos resta pedir perdão a Deus, por aquilo que temos feito com o Seu evangelho:


"Perdoa-nos, ó Deus! Somos muitos e muitos e muitos
Semeando mais o mal do que o bem
Perdoa-nos, ó Deus! Pois o mal que semeamos
Tem se virado implacavelmente contra nós
Perdoa o sangue derramado
Sobre a terra desde Abel

Perdoa-nos, ó Deus!
Perdoa-nos... perdão.

Perdoa-nos, oh, Deus! Somos muitos e muitos e muitos
Semeando mais o mal do que o bem
Perdoa-nos, oh, Deus! Pois o mal que semeamos
Tem se virado implacavelmente contra nós

Perdoa-nos, ó Deus!
Perdoa-nos... perdão.

Perdoa o sangue derramado
Sobre a terra desde Abel
Junte, ó Deus, nossos ossos secos
Sopra a vida mais uma vez

Perdoa-nos, ó Deus!
Perdoa-nos... perdão.

Nos perdoe, ó Deus
Pelo imperialismo, o nazismo, o comunismo,
O capital selvagem, impiedoso, inescrupuloso
A escravidão... a religião...
Sempre querendo te domesticar
Te encaixotar, te fazer de empregadinho
Perdão, por tanto fariseu se dizendo filho teu
Que não convenceu, que só dividiu
Levando muita gente boa pro covil
Nos perdoe, ó Deus, pelo terrorismo
O holocausto, a pornografia, a pedofilia
A mentira! O dinheiro mal adquirido e mal repartido
A discriminação racial, social, irracional...
Nos perdoe, ó Deus!" (O sangue de Abel - Fruto Sagrado)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

VANDALISMOS...

Ontem teve jogo do Coritiba X Fluminense no estádio do Coritiba, Couto Pereira, em Curitiba.
O Coritiba perdeu e foi rebaixado. Torcedores indignados começaram a fazer atos de vandalismo e violência. Arrancaram cadeiras, placas de propagandas e atiraram contra árbitros e policiais. Houve confronto entre torcedores e policiais, e algumas pessoas ficaram feridas. O vandalismo continuou nas ruas, nos ônibus, nos tubos. Cenas lamentáveis! Cenas tristes de ver!
Com tudo isso, apenas fico me perguntando: será que somos de fato capazes de  receber uma copa do mundo e as olimpíadas aqui?
Esse vandalismo não ocorre apenas em Curitiba. Ocorre no Rio de Janeiro também, bem como em outras cidades. O brasileiro parece que não sabe torcer. Não sabe perder. Em um jogo sempre há um que perde e outro que ganha. Precisamos estar sempre preparados para perdermos.
Como será na copa? E nas olimpíadas? Se perdermos os jogos, vamos ir agredindo as torcidas adversárias?
Não acredito que irá mudar muita coisa até lá. Se até hoje não aprendemos a torcer, a sermos civilizados, não acredito que mudará alguma coisa até esses eventos...



quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

ALEGRIA QUE LOGO PASSA...



Hoje eu estava assistindo um jornal regional, e estavam passando uma matéria sobre uma casa do papai noel. Entrevistaram uma mulher que estava visitando essa casa, e ela disse mais ou menos assim: 'nessa época do ano tudo fica tão bonito... é tudo tão alegre... temos que aproveitar, pois essa alegria logo acaba...'
Fiquei refletindo nessa afirmação dela. Que alegria é essa, que depois do natal vai embora? Está certo que no natal algumas coisas ficam diferentes. Há enfeites por todos os lados, trazendo um pouco mais de cor, talvez até de alegria. Mas... será que os lindos enfeites, os corais de crianças cantando, as luzes, realmente trazem alegria? Fala-se tanto que natal é época de paz, onde todos se dão bem, todos se presenteiam. Mas que paz é essa? Que alegria é essa, que surge com objetos?
Parece que está faltando alguma coisa...
Como seria bom se pudéssemos viver em paz todos os dias do ano, não apenas no natal... como seria bom poder estar alegre, feliz, todos os dias do ano, e não apenas na época do natal.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

“SONHAR FAZ BEM!”

“Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante, vai ser diferente”. (Carlos Drummond de Andrade, poeta, 1902-1987)
Daqui pra frente vou acreditar que o mundo já está melhor, que o futuro já chegou, que todos os sonhos se realizaram e que somos todos felizes. Daqui pra frente, vou encontrar menos sofrimentos e mais prazer. Pessoas com casa, comida, dignidade, saúde, dinheiro e família que cuida. De hoje em diante haverá só ética nos negócios, na política, nos acordos e em tudo que se relacione a nós humanos. Pensarei que a mania de levar vantagem em tudo foi passado. Também vou aceitar a verdade como ela é, sem questionar, sem duvidar, sem querer levantar o tapete para olhar embaixo dele. Ou seja, não há mais motivos para desconfiar de alguém, em qualquer lugar, em qualquer momento da vida.
Daqui pra frente a justiça se fará sempre, com justiça. O fraco ficará forte, o cínico revisará seu modo de pensar, o egoísta terá lições de solidariedade. Os gordos finalmente vão conseguir emagrecer, choverá regularmente e nenhum jovem irá dirigir após usar bebida alcoólica. Não teremos novos casos de AIDS... E ninguém usará mais drogas.
Não haverá mais erros, nem meus, nem teus, nem dos outros. Nenhuma conta de telefone virá mais com erros que favorecem a prestadora de serviços, assim como 1 Kg terá 1.000 gramas na balança, o botijão de gás novo estará cheio, a gasolina será pura e os impostos justos. Ah, os impostos! Daqui pra frente não reclamaremos mais dos buracos nas estradas, pois saberemos votar. E os escolhidos continuarão a ser o que eram antes da eleição. Assim como quem conseguir o poder não se transformará sob a magia do manto das regalias inerentes. As pessoas sempre serão elas, com suas qualidades e seus defeitos, simplesmente. Não haverá mais frustrações, nem fofocas, nem fraudes, nem corrupção.
Todas as crianças estarão nas escolas e lá aprenderão sobre a vida, sobre as letras e como separar as coisas do bem das do mal, afinal é por isso que vão. Os objetivos serão cumpridos, as metas atingidas e os resultados entregues a todos. As doenças serão curáveis e morreremos de velhice e rindo da vida. As noites serão de sono, não de bagunça, som alto na avenida, bebedeiras, acidentes e violação do bem público. Os vizinhos apertarão as mãos em sinal de trégua. Todos cumprirão seus deveres ao invés de reclamar só direitos. O pouco já nos satisfará, porque perderemos essa teimosia de acumular. Acumular dinheiro, carros, imóveis, vantagens, aparência... Será coisa de antigamente.
Ninguém agirá com violência, com repressão, com tortura. Saberemos nossos limites e tal proeza receberá o nome de LIBERDADE. Nenhum pai de família ficará em botecos quando deveria estar em casa cuidando dos filhos em companhia da esposa.
O vivido servirá como experiência e não será esquecido, aprenderemos com ele. Os problemas que irão surgir terão origem apenas nas causas naturais e não na cabeça dos homens. Mentes e mãos agirão para nos proteger, jamais para nos trair. Daremos um jeitinho ainda, mas para o bem geral da nação.
A que horas vai tocar o despertador, hein?
(Autor: Sixto Carlo Bombardeli- médico)